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ADEUS, FAFÁ...

ADEUS, FAFÁ...

Minha vida está entristecida demais, por saber da partida de mais uma pessoa amiga, querida e boa...

Fátima de Jesus Gomes Cabral, a Fafá, sempre foi consoladora de lástima com uma Luz excepcional. Ela faleceu ontem (07/06/2025) e entristeceu a quem amava e admirava sua vida triunfal e amorosa, bem como sua lida profissional caridosa.

Ela irradiava bondade bela, praticava caridade, comprovava ter solidariedade, ajudava a comunidade com prazer e alegria.

Quem a procurava sabia que ela atenderia bem. Amava a profissão que exercia. A sua missão na enfermagem merecia louvação, todavia, em vão, vez ou outra, recebia alguma ingratidão escrota.

De fato, Fafá nem ligava para o ingrato blábláblá e trabalhava para aliviar o sofrimento de quem lhe pedia atendimento.

Após vários anos trabalhando na área de enfermagem no setor de Dermatologia da UFPA, resolveu cursar e alcançou a diplomação em Biomedicina. Afinal, a evolução foi a sina da profissional exemplar, de atividade e legado triunfal, que vai deixar saudade, por ter ajudado um pessoal gratificado.

No mês passado, precisamente no dia 17, Fafá me mandou a seguinte mensagem:

"Boa tarde mesmo!! Você está em Belém? A nossa geração está acabando quase q/ vou trabalhar c/ a espiritualidade, mas resolveram me dar mas um tempo."

Em seguida, ela me telefonou. Conversamos demoradamente. Ela estava sendo atendida pelo cardiologista Dr. Wesley, que havia sido meu colega na UFPA.

O retorno com ele estava marcado para agosto. Eu disse que era necessário tentar antecipar o atendimento, mesmo que fosse com outro cardiologista, e que se ela sentisse piora no quadro deveria procurar o "Hospital de Clínicas Gaspar Vianna".

Repassei o telefone do nosso amigo em comum, João de Deus, o "professor", cardiologista, que está residindo em São Paulo, para as devidas orientações.

Há três dias antes do falecimento da querida Fafá, pensei em ligar pra saber como ela estava e se havia conseguido falar com o João de Deus. Não segui minha intuição. Não liguei. Recebi a triste notícia de que a Fafá, após ter sido atendida numa UPA em Belém do Pará, foi embora para o "outro lado da vida".

Saber da ausência mortal da querida amiga me entristece demais. No entanto, saber que sua essência espiritual antiga permanece em paz, consola meu pranto. Eu me sinto privilegiado por ter tido a amizade de uma criatura que deixa um legado de bondade pura e exemplar para seus amigos e familiares.

A voz de efeito tranquilizante de Fafá permanece em meu ouvido. Pelo jeito, desde o instante da ligação que ela me fez, até a dor da saudade atenuar, essa será minha consolação: Antes de ir morar com Deus, aquela amiga bela telefonou para me dizer adeus...