Uma Pobre Voz Rimada
(À Nobre Noz Quebrada)
Existe dia ensolarado,
florido, repleto de felicidade.
Triste seria o chamado
fingido do afeto da falsidade.
O mal que escutei,
afinal, eu o ignorei.
Eu escutei, em várias ocasiões,
o fingimento chamar por mim
e estudei as necessárias lições
do sofrimento, sem achar ruim.
Sei que gostei
do que estudei!
Ouvi o som da raça atrevida.
Venci uma pirraça enxerida.
Aprendi com desgraça sofrida.
Vi que tudo passa nesta vida.
A fugacidade
é uma verdade!
Eu vi uma curva, após a reta.
A claridade do luar, vi chegar
e sorri, com uma voz predileta
da luminosidade me chamar.
Eu a ouvi
e a atendi!
Aprendi com o transitório
urro de alguma tola ira
e venci um tom ilusório
do sussurro da mentira.
Ouvi o som da noz, na festa
de uma amizade, se quebrar.
Eu perdi o apetite
e ofereci o palpite
bom, à nobre noz quebrada,
com uma pobre voz rimada:
Aceite a transitoriedade
e respeite uma amizade!
Moral da história
real e simplória:
O mal que escutei,
afinal, eu o ignorei.
Sei que gostei
do que estudei!
A fugacidade
é uma verdade!
Eu a ouvi
e a atendi!
Paulo Marcelo Braga
(Salvaterra, 20/07/2025)