ATÉ, "RUDÉ"...
(Em memória de Lourdete
Teixeira Fernandes)
Viúva do "português"
Jaime Guerreiro Fernandes,
a manauara de fé,
Lourdete Teixeira Fernandes,
a nossa cara "Rudé",
mãe da Rosete Fernandes Braga,
avó de Fábio Braga, Fabiane Braga,
Paula Jéssica Braga e Arícia Braga,
bisavó do Eduardo (filho da Arícia)
da Maria Alice (filha da Fabiane)
e do Samuel (filho do Fábio)
foi embora para a espiritualidade,
como uma senhora de rara dignidade.
Um abracinho
no bisnetinho
Eduardinho
"Rudé" não deixou desilusão na vida.
"Viajou", com a sua missão cumprida,
após ter criado treze filhotes,
todos eles de elevados portes,
sobrevivido à viuvez precoce
e se incumbido com altivez
da educação de várias almas
em evolução, com solidárias calmas.
"Rudé" sentia a alegria
bendita de programar o dia
da visita familiar que fazia.
Na foto, com Quarenta, Rosete,
Eduardo e Arícia
Seu esposo querido havia desencarnado
com menos de sessenta anos de idade
e "Rudé" permaneceu na lida, ao lado
da prole sem fazer drama
de mole, por ser uma dama
de elevada grandeza moral,
amparada pela fortaleza espiritual.
Na madrugada do dia 19/05/2025, enquanto eu falava, via ligação celular,
com sua amada filha Rosete, eu soube, portanto, da internação hospitalar da quase centenária Lourdete que faleceu
exatamente às quatro horas da manhã,
internada na UTI de uma instituição
de saúde municipal da capital do Pará.
Nada do que senti de premonição forte
me ajude, afinal, a me consolar, por eu não estar lá, com a internada, na ocasião de sua morte.
Todavia, a senhora Lourdete
já queria ir embora. Rosete
me disse que, ao visitá-la,
um dia, ela apontou para o alto
e murmurou, quase sem falar,
que gostaria de partir, de fato...
Lourdete, a "Rudé", viveu e faleceu
com fé e recebeu o que mereceu
da poderosa Divindade
e deixou amorosa saudade.
Descanse em paz,
"Rudé"... Até mais...
Paulo Marcelo Braga
(Salvaterra, 20/05/2025)