UMA FUGACIDADE POLÍTICA
VERSUS AMIZADE VERÍDICA
"Telefona, não deixa que eu fuja..."
(Fabio Jr. & Sérgio Sá)
Quem diz nem ter tempinho, somente, para receber a ligação da pessoa amiga, além de um infeliz rostinho deprimente, vem a ter a falação que apregoa intriga.
Quem se imagina importante, e se empolga com um cargo assumido, mantém uma sina de farsante e nem revoga o bom embargo recebido.
A fugacidade de uma função política nem compensa que se ignore, friamente, alguma amizade de intenção verídica de quem pensa e colabore com a gente...
Eu vi o arrependimento de uns e outros chefes temporários, que desprezaram, aqui e ali, o bom alento e, como escrotos, de blefes ordinários, só se empolgaram.
Tais empolgados, perderam suas amizades verdadeiras raríssimas, permaneceram demais descarados, viveram nas falsidades politiqueiras, gravíssimas e se foderam.
Dos erros por eles cometidos, da empolgação idiotizada, que insistiram em manter, vieram todos os desterros merecidos, como punição adequada, sentiram desprazer no que fizeram.
Moral da poesia: a empolgação ordinária, fatídica, politiqueira, da boçal confraria, numa função temporária política, é passageira. Uma solidária, verídica e ordeira amizade tem a função mais importante que a atividade de uma gestão farsante.
Paulo Marcelo Braga
(Salvaterra, 02/05/2025)